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Fórum de Davos contrapõe guinada protecionista de Trump a neoliberalismo em transformação

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O Fórum Econômico Mundial acontece este ano em Davos em pleno processo de transformação da globalização e do neoliberalismo, corrente dominante no encontro das maiores fortunas globais no pequeno vilarejo suíço. Este ano, o evento ocorre na estreia do novo governo do presidente Donald Trump nos Estados Unidos, com a promessa de uma virada ainda mais protecionista e nacionalista da maior economia do planeta.

A 55ª edição do fórum começou, ironicamente, no dia da posse do líder republicano em Washington. Enquanto a cúpula econômica mundial em Davos discute a “colaboração na era da inteligência artificial” e à luz da crise climática, Trump exaltava o Make America Great Again e decretava o aumento das tarifas de importação no seu país e a retirada dos americanos do Acordo de Paris sobre o Clima.

A última vez que ele participou do fórum foi em 2020. Neste edição, o republicano vai se pronunciar à distância nesta quinta-feira (23), por videoconferência. É o discurso mais aguardado dos cinco dias do evento.

“Para os outros países, os capitais não americanos, é um momento de dúvida muito grande para ver o que acontece. Não acho que há muito o que fazer ou que discutir com qualquer consequência no fórum desse ano”, avalia Alfredo Saad Filho, professor de economia politica internacional na Queen's University Belfast, do Reino Unido.

"Ficou completamente esvaziado: grandes lideranças que normalmente seriam importantes no fórum foram para a posse de Trump, prestando atenção no que realmente importa nesse momento. Então não é que o fórum seja completamente irrelevante, mas ele está em compasso de espera", diz.

Leia também“Agro pode ganhar, mas pressões sobre Brasil serão grandes”, diz analista sobre medidas de Trump

Saad Filho salienta que Trump carrega contradições importantes – se, por um lado, se mostra contrário à globalização ao impor barreiras ao comércio global, por outro defende a retomada da ideia de um "imperialismo americano", ao mencionar a anexação da Groenlândia, do Canadá e do Canal do Panamá.

O magnata nunca escondeu o certo desprezo pelo Fórum de Davos – que, apesar de ser denunciado pela esquerda mundial como um símbolo de poder dos ultrarricos sob o mantra do livre-comércio, é considerado por Trump como uma cúpula com viés alinhado aos democratas.

Extrema direita triunfou em meio a efeitos do neoliberalismo

O professor observa que a volta do líder republicano ao poder reflete mais uma etapa do longo processo de transformações do neoliberalismo, iniciadas com a crise financeira global de 2008 – e em um mundo cada vez mais fragmentado.

"De repente, se percebe de uma maneira muito clara que o neoliberalismo gera instabilidade, gera crise, austeridade e a piora das condições de vida para grande parte da população. Isso terminou por levar ao surgimento do que eu gosto de chamar de lideranças políticas autoritárias, espetaculares, o Donald Trump sendo um exemplo disso”, explica o professor, referindo-se ao surgimento de lideranças de extrema direita de fora do sistema político tradicional.

“Eles vêm com promessas de resolver as crises interligadas do neoliberalismo, de emprego, de renda, num contexto em que as forças políticas de esquerda, os social-democratas, tinham sido deslegitimadas e, em grande medida, devastadas anteriormente”, complementa Saad Filho.

'Oligarquias' americanas

O processo ganhou um novo impulso após a pandemia de Covid-19 e a consolidação de um núcleo em torno das indústrias de tecnologia, energia e defesa, aliadas ao setor financeiro. Os dirigentes de algumas das principais gigantes de tech americanas preferiram participar da posse de Trump do que das reuniões em Davos – foi o caso de Mark Zuckerberg (Meta), Jeff Bezos (Amazon) Sundar Pichai (Google) e Tim Cook (Apple), além de Elon Musk, que integra o novo governo em Washington.

“A volta de Trump marcou o que Joe Biden definiu, na semana passada, como o surgimento das oligarquias nos Estados Unidos”, relembra o pesquisador da Queen's University Belfast.

Os quase 300 painéis do Fórum Econômico Mundial abordarão cinco temas principais: novas fontes de crescimento econômico, as empresas na era da inteligência artificial, como investir no capital humano, impulsionar o enfrentamento da crise climática e reconstruir a confiança global.

CEOs de mais de 900 grandes empresas estão presentes, além de cerca de 60 lideranças políticas como a presidente da Comissão Europeia, Ursula Van der Leyen, o vice-primeiro-ministro chinês, Ding Xuexiang, e o presidente argentino, Javier Milei.

Focado na política nacional, o governo brasileiro não enviou autoridades do primeiro escalão. O ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, representará Brasília no fórum, onde buscará investimentos em transição energética, aproveitando-se da lacuna criada por Trump nos Estados Unidos nesta área.

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A 55ª edição do fórum começou, ironicamente, no dia da posse do líder republicano em Washington. Enquanto a cúpula econômica mundial em Davos discute a “colaboração na era da inteligência artificial” e à luz da crise climática, Trump exaltava o Make America Great Again e decretava o aumento das tarifas de importação no seu país e a retirada dos americanos do Acordo de Paris sobre o Clima.

A última vez que ele participou do fórum foi em 2020. Neste edição, o republicano vai se pronunciar à distância nesta quinta-feira (23), por videoconferência. É o discurso mais aguardado dos cinco dias do evento.

“Para os outros países, os capitais não americanos, é um momento de dúvida muito grande para ver o que acontece. Não acho que há muito o que fazer ou que discutir com qualquer consequência no fórum desse ano”, avalia Alfredo Saad Filho, professor de economia politica internacional na Queen's University Belfast, do Reino Unido.

"Ficou completamente esvaziado: grandes lideranças que normalmente seriam importantes no fórum foram para a posse de Trump, prestando atenção no que realmente importa nesse momento. Então não é que o fórum seja completamente irrelevante, mas ele está em compasso de espera", diz.

Leia também“Agro pode ganhar, mas pressões sobre Brasil serão grandes”, diz analista sobre medidas de Trump

Saad Filho salienta que Trump carrega contradições importantes – se, por um lado, se mostra contrário à globalização ao impor barreiras ao comércio global, por outro defende a retomada da ideia de um "imperialismo americano", ao mencionar a anexação da Groenlândia, do Canadá e do Canal do Panamá.

O magnata nunca escondeu o certo desprezo pelo Fórum de Davos – que, apesar de ser denunciado pela esquerda mundial como um símbolo de poder dos ultrarricos sob o mantra do livre-comércio, é considerado por Trump como uma cúpula com viés alinhado aos democratas.

Extrema direita triunfou em meio a efeitos do neoliberalismo

O professor observa que a volta do líder republicano ao poder reflete mais uma etapa do longo processo de transformações do neoliberalismo, iniciadas com a crise financeira global de 2008 – e em um mundo cada vez mais fragmentado.

"De repente, se percebe de uma maneira muito clara que o neoliberalismo gera instabilidade, gera crise, austeridade e a piora das condições de vida para grande parte da população. Isso terminou por levar ao surgimento do que eu gosto de chamar de lideranças políticas autoritárias, espetaculares, o Donald Trump sendo um exemplo disso”, explica o professor, referindo-se ao surgimento de lideranças de extrema direita de fora do sistema político tradicional.

“Eles vêm com promessas de resolver as crises interligadas do neoliberalismo, de emprego, de renda, num contexto em que as forças políticas de esquerda, os social-democratas, tinham sido deslegitimadas e, em grande medida, devastadas anteriormente”, complementa Saad Filho.

'Oligarquias' americanas

O processo ganhou um novo impulso após a pandemia de Covid-19 e a consolidação de um núcleo em torno das indústrias de tecnologia, energia e defesa, aliadas ao setor financeiro. Os dirigentes de algumas das principais gigantes de tech americanas preferiram participar da posse de Trump do que das reuniões em Davos – foi o caso de Mark Zuckerberg (Meta), Jeff Bezos (Amazon) Sundar Pichai (Google) e Tim Cook (Apple), além de Elon Musk, que integra o novo governo em Washington.

“A volta de Trump marcou o que Joe Biden definiu, na semana passada, como o surgimento das oligarquias nos Estados Unidos”, relembra o pesquisador da Queen's University Belfast.

Os quase 300 painéis do Fórum Econômico Mundial abordarão cinco temas principais: novas fontes de crescimento econômico, as empresas na era da inteligência artificial, como investir no capital humano, impulsionar o enfrentamento da crise climática e reconstruir a confiança global.

CEOs de mais de 900 grandes empresas estão presentes, além de cerca de 60 lideranças políticas como a presidente da Comissão Europeia, Ursula Van der Leyen, o vice-primeiro-ministro chinês, Ding Xuexiang, e o presidente argentino, Javier Milei.

Focado na política nacional, o governo brasileiro não enviou autoridades do primeiro escalão. O ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, representará Brasília no fórum, onde buscará investimentos em transição energética, aproveitando-se da lacuna criada por Trump nos Estados Unidos nesta área.

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