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Mitos de influencer marketing, gerir o ódio online e Apple Vision Pro - e216s01

 
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Neste episódio 216, falamos sobre mitos de influencer marketing, gestão do ódio online e a possível maçã envenenada que foram os Apple Vision Pro.

Episódio de: [post_published]

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Grupo de WhatsApp: https://w.marketingporidiotas.pt

FRED

No universo digital, os criadores de conteúdo em especial, enfrentam um desafio constante: a negatividade online.

Estudos recentes, incluindo uma análise de 13 milhões de publicações liderada pelo professor William Brady da Universidade Northwestern, revelam uma tendência preocupante: os meios de comunicação e as plataformas sociais têm dado crescente destaque a conteúdos negativos.

Este fenómeno não é apenas um reflexo do que capta a atenção do público – o negativo seduz e parece urgente – mas também molda a interação dos utilizadores nas redes sociais, tornando o ambiente progressivamente mais sombrio. Estou a ler o mais recente livro do autor Morgan House “O que nunca muda” e ele partilha um trabalho de um investigador referindo de fato que os meios de comunicação social do mundo inteiro se tornaram progressivamente mais sombrios ao longos dos últimos sedentes anos.

Drew Afualo, uma influenciadora com 8 milhões de seguidores no TikTok, destaca-se por sua abordagem única ao lidar com o ódio online. Recebeu destaque no New York Times, porque utiliza uma combinação de humor e crítica social para transformar comentários negativos em oportunidades de ensino. Confrontada com uma questão sobre a falta de um anel de noivado, Drew responde com um sorriso "Estás preocupado com o facto de eu não ter um anel? Melhor preocupares-te com a tua própria solidão." Esta resposta não só desarma o comentário original mas também serve como uma poderosa lição de resiliência para os seus seguidores, ao mesmo tempo que destaca as injustiças sistémicas que muitas vezes alimentam esse tipo de ódio. O estudo de William Brady sublinha uma estratégia vital na gestão de comentários negativos: a não-resposta. Ignorar os comentários tóxicos pode efetivamente diminuir a sua visibilidade e impacto. "Dar a um utilizador tóxico qualquer tipo de envolvimento – seja ver, gostar, partilhar ou comentar – pode, ironicamente, aumentar a visibilidade do seu conteúdo", explica Brady. Esta abordagem, embora desafiante, é crucial não só para reduzir a propagação de negatividade mas também para proteger a saúde mental dos criadores de conteúdo.

Outra criadora de conteúdo Kacie Rose, enfrentam comentários negativos de uma maneira mais introspectiva. Ao ser atacada após publicar um vídeo a ouvir Taylor Swift, Kacie não recuou; pelo contrário, usou os comentários como inspiração para um vídeo onde lê um capítulo do seu livro, transmitindo uma mensagem de resistência e positividade. E a curiosidade é que quando esta criadora de conteúdo mudou-se para Itália, construiu uma comunidade de seguidores que não só ajudou a lançar o seu livro para a lista dos mais vendidos do New York Times, como também a impulsionar as suas tours pela Europa, contrastando com a negatividade, existem momentos de sucesso e apoio.

Esta realidade digital não está livre de tentativas de regulamentação. Na Espanha, novas leis exigem que os influenciadores faturem pelo menos 300 mil euros anuais para manterem a sua atividade, para uma maior transparência no mundo digital. Em Portugal, o foco tem sido expandir as restrições de marketing para proteger os jovens até aos 18 anos, numa tentativa de mitigar o impacto da publicidade de alimentos prejudiciais à saúde.

Pergunta: Dada esta crescente negatividade nas redes sociais, as estratégias de não-resposta e o uso do humor são suficientemente eficazes para os criadores de conteúdo enfrentarem o ódio online, ou são necessárias abordagens mais robustas?

MIGUEL

Apple Vision Pro…são uma maçã envenenada? Sim, há uns meses atrás fui um entusiasta dos apple vision Pro. Na altura pode ter parecido a algumas más línguas que eu estava a dar graxa à apple para ver se recebia uns em casa…a essas más línguas digo que o plano falhou. Não recebi nada.Fui um entusiasta por ter consumido demasiados videos de influenciadores a andarem de um lado para o outro na rua com os seus apple vision pro e parecia que desta vez tinham vindo para ficar. Mas fiquei mesmo entusiasmado com a tecnologia e pensei que ia ser o inicio de uma revolução…que aparentemente está difícil de começar. Vi ontem um artigo de opinião de Sam Scott no website “The Drum” e gostei de algumas teorias com que ele tenta justificar o fracasso deste produto sendo a principal que a Apple se focou demasiado no Produto e pouco no mercado. Parece que levaram demasiado a sério aquela ideia de “O consumidor quer aquilo que nós dissermos que ele quer!”. Talvez essas teorias malucas funcionem para dispositivos de 1000€…mas nos 3.500€ já convém a pessoa querer ter? A falta de vontade em ter os Apple Vision Pro fez com que a apple perdesse cerca de 1.4 Biliões em faturação…agora que a realidade os obrigou a baixar drasticamente as projeções de vendas para um valor entre 400.000 e 800.000. Mas a realidade é que isto aconteceu com TODAS as grandes tecnológicas que tentaram lançar produtos AR/VR. Mas o que se passa com a tecnologia? Está embruxada? Eu digo o que se passa: Na minha opinião enquanto não tivermos uma experiencia super imersiva nuns óculos que pareçam uns simples óculos de sol e existam uma data de aplicações incluindo as de redes sociais otimizadas para os óculos isto não vai pegar. O nosso amigo Scott diz que é um problema de orientação do negócio e que uma notícia da Forbes explica exactamente o que se passa: “Os apple vision pro são espetaculares mas ninguém os quer”. Mas o que é isto de orientação do negócio? Vamos a valor super rápido: Negócio Orientado para as Vendas – São os negócios típicos Sales Led Growth onde as equipas de vendas, reuniões, Angariação de Leads, apresentações comerciais têm um papel super importante e fazem o Negócio crescer. Exemplo: A nossa Outsystems, uma plataforma lowcode para criar APPS de grandes empresas e bancos etc. Negócio Orientado para a Comunicação – São negócios em que o seu ganha pão vem do quão bem conseguem comunicar, fazer anúncios, contar histórias, etc. Exemplo: A Redbull que foca grande parte do seu esforço no patrocínio de atletas de alta performance em diferentes áreas e na produção de vídeos com stunts incríveis. Negócio Orientado para a Concorrência – São aqueles negócios que estão sempre a tentar perceber o que a concorrência anda a tramar, o que vai lançar, quais são as funcionalidades escaldantes, etc. Geralmente são novos negócios que estão a entrar no mercado ou são negócios antigos que estão obcecados com lançamentos de produtos novos ou novas localizações. Exemplo Hipermercados. Negócio Orientado para Produtos – São empresas completamente obcecadas por produtos. Já falámos destas empresas aqui no passado onde o crescimento é promovido por Product Led Growth, ou seja o utilizador experimenta o produto e pode comprar o produto dentro do próprio produto. Exemplo: Plataformas SaaS que costumamos aconselhar a utilizarem por aqui. Negócio Orientado para o Mercado – São empresas que são obcecadas pelo conhecimento que têm dos diferentes mercados em que operam, dos gostos e preferências dos consumidores, das tendências regionais, etc. Tomam decisões e lançam produtos e serviços com base em estudos. A realidade é que muitas vezes as empresas não têm apenas uma orientação, mas várias com diferentes pesos, e a ideia é ir manobrando as marés vivas do mercado e da exigência de resultados. Isto é tudo muito bonito…mas a realidade é que no dia a dia é difícil manter a orientação da empresa, principalmente se as coisas não estão a correr bem. Alguns especialistas dizem que a Apple é uma empresa muito orientada para o Produto, mas também para o Mercado… Por um lado foca-se em criar produtos com os adjectivos que todos os fanáticos gostam de enumerar…mas eu confesso que um deles é produtos mais estilosos e que parecem realmente ser mais caros de produzir…e por outro lado também uma empresa que escuta o mercado, ou pelo menos sabe avaliar muito bem os mercados onde se vai meter…será que o mercado dos AR/VR é muito mais pequeno do que a Apple avaliou? Agora…caros painelistas e cara convidada: Falámos sobre diferentes tipos de orientações das empresas…falámos sobre o Apple Vision Pro…o que será que falhou? Será que para um dispositivo AR/VR funcionar a apple precisa de mudar a sua orientação do negócio para esta categoria? O que vos parece que falhou e o que a apple pode fazer para que este produto deixe de ser uma maçã envenenada no seu portfólio e passe a fazer parte da realidade aumentada de todos nós?

Sobre o Podcast Marketing por Idiotas

O podcast Marketing por Idiotas é um podcast sobre marketing em Portugal. Neste podcast semanal falamos sobre notícias, irritações e inquietações sobre marketing digital e analógico. O podcast é apresentado e moderado pelo Diretor de Marketing da Turim Hotéis, Ricardo Vieira e tem como comentadores com lugar cativo o freelancer Diogo Abrantes da Silva, o formador e consultor Frederico Carvalho e o CEO da pkina.com e funis.pt Miguel Vieira.
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FRED

No universo digital, os criadores de conteúdo em especial, enfrentam um desafio constante: a negatividade online.

Estudos recentes, incluindo uma análise de 13 milhões de publicações liderada pelo professor William Brady da Universidade Northwestern, revelam uma tendência preocupante: os meios de comunicação e as plataformas sociais têm dado crescente destaque a conteúdos negativos.

Este fenómeno não é apenas um reflexo do que capta a atenção do público – o negativo seduz e parece urgente – mas também molda a interação dos utilizadores nas redes sociais, tornando o ambiente progressivamente mais sombrio. Estou a ler o mais recente livro do autor Morgan House “O que nunca muda” e ele partilha um trabalho de um investigador referindo de fato que os meios de comunicação social do mundo inteiro se tornaram progressivamente mais sombrios ao longos dos últimos sedentes anos.

Drew Afualo, uma influenciadora com 8 milhões de seguidores no TikTok, destaca-se por sua abordagem única ao lidar com o ódio online. Recebeu destaque no New York Times, porque utiliza uma combinação de humor e crítica social para transformar comentários negativos em oportunidades de ensino. Confrontada com uma questão sobre a falta de um anel de noivado, Drew responde com um sorriso "Estás preocupado com o facto de eu não ter um anel? Melhor preocupares-te com a tua própria solidão." Esta resposta não só desarma o comentário original mas também serve como uma poderosa lição de resiliência para os seus seguidores, ao mesmo tempo que destaca as injustiças sistémicas que muitas vezes alimentam esse tipo de ódio. O estudo de William Brady sublinha uma estratégia vital na gestão de comentários negativos: a não-resposta. Ignorar os comentários tóxicos pode efetivamente diminuir a sua visibilidade e impacto. "Dar a um utilizador tóxico qualquer tipo de envolvimento – seja ver, gostar, partilhar ou comentar – pode, ironicamente, aumentar a visibilidade do seu conteúdo", explica Brady. Esta abordagem, embora desafiante, é crucial não só para reduzir a propagação de negatividade mas também para proteger a saúde mental dos criadores de conteúdo.

Outra criadora de conteúdo Kacie Rose, enfrentam comentários negativos de uma maneira mais introspectiva. Ao ser atacada após publicar um vídeo a ouvir Taylor Swift, Kacie não recuou; pelo contrário, usou os comentários como inspiração para um vídeo onde lê um capítulo do seu livro, transmitindo uma mensagem de resistência e positividade. E a curiosidade é que quando esta criadora de conteúdo mudou-se para Itália, construiu uma comunidade de seguidores que não só ajudou a lançar o seu livro para a lista dos mais vendidos do New York Times, como também a impulsionar as suas tours pela Europa, contrastando com a negatividade, existem momentos de sucesso e apoio.

Esta realidade digital não está livre de tentativas de regulamentação. Na Espanha, novas leis exigem que os influenciadores faturem pelo menos 300 mil euros anuais para manterem a sua atividade, para uma maior transparência no mundo digital. Em Portugal, o foco tem sido expandir as restrições de marketing para proteger os jovens até aos 18 anos, numa tentativa de mitigar o impacto da publicidade de alimentos prejudiciais à saúde.

Pergunta: Dada esta crescente negatividade nas redes sociais, as estratégias de não-resposta e o uso do humor são suficientemente eficazes para os criadores de conteúdo enfrentarem o ódio online, ou são necessárias abordagens mais robustas?

MIGUEL

Apple Vision Pro…são uma maçã envenenada? Sim, há uns meses atrás fui um entusiasta dos apple vision Pro. Na altura pode ter parecido a algumas más línguas que eu estava a dar graxa à apple para ver se recebia uns em casa…a essas más línguas digo que o plano falhou. Não recebi nada.Fui um entusiasta por ter consumido demasiados videos de influenciadores a andarem de um lado para o outro na rua com os seus apple vision pro e parecia que desta vez tinham vindo para ficar. Mas fiquei mesmo entusiasmado com a tecnologia e pensei que ia ser o inicio de uma revolução…que aparentemente está difícil de começar. Vi ontem um artigo de opinião de Sam Scott no website “The Drum” e gostei de algumas teorias com que ele tenta justificar o fracasso deste produto sendo a principal que a Apple se focou demasiado no Produto e pouco no mercado. Parece que levaram demasiado a sério aquela ideia de “O consumidor quer aquilo que nós dissermos que ele quer!”. Talvez essas teorias malucas funcionem para dispositivos de 1000€…mas nos 3.500€ já convém a pessoa querer ter? A falta de vontade em ter os Apple Vision Pro fez com que a apple perdesse cerca de 1.4 Biliões em faturação…agora que a realidade os obrigou a baixar drasticamente as projeções de vendas para um valor entre 400.000 e 800.000. Mas a realidade é que isto aconteceu com TODAS as grandes tecnológicas que tentaram lançar produtos AR/VR. Mas o que se passa com a tecnologia? Está embruxada? Eu digo o que se passa: Na minha opinião enquanto não tivermos uma experiencia super imersiva nuns óculos que pareçam uns simples óculos de sol e existam uma data de aplicações incluindo as de redes sociais otimizadas para os óculos isto não vai pegar. O nosso amigo Scott diz que é um problema de orientação do negócio e que uma notícia da Forbes explica exactamente o que se passa: “Os apple vision pro são espetaculares mas ninguém os quer”. Mas o que é isto de orientação do negócio? Vamos a valor super rápido: Negócio Orientado para as Vendas – São os negócios típicos Sales Led Growth onde as equipas de vendas, reuniões, Angariação de Leads, apresentações comerciais têm um papel super importante e fazem o Negócio crescer. Exemplo: A nossa Outsystems, uma plataforma lowcode para criar APPS de grandes empresas e bancos etc. Negócio Orientado para a Comunicação – São negócios em que o seu ganha pão vem do quão bem conseguem comunicar, fazer anúncios, contar histórias, etc. Exemplo: A Redbull que foca grande parte do seu esforço no patrocínio de atletas de alta performance em diferentes áreas e na produção de vídeos com stunts incríveis. Negócio Orientado para a Concorrência – São aqueles negócios que estão sempre a tentar perceber o que a concorrência anda a tramar, o que vai lançar, quais são as funcionalidades escaldantes, etc. Geralmente são novos negócios que estão a entrar no mercado ou são negócios antigos que estão obcecados com lançamentos de produtos novos ou novas localizações. Exemplo Hipermercados. Negócio Orientado para Produtos – São empresas completamente obcecadas por produtos. Já falámos destas empresas aqui no passado onde o crescimento é promovido por Product Led Growth, ou seja o utilizador experimenta o produto e pode comprar o produto dentro do próprio produto. Exemplo: Plataformas SaaS que costumamos aconselhar a utilizarem por aqui. Negócio Orientado para o Mercado – São empresas que são obcecadas pelo conhecimento que têm dos diferentes mercados em que operam, dos gostos e preferências dos consumidores, das tendências regionais, etc. Tomam decisões e lançam produtos e serviços com base em estudos. A realidade é que muitas vezes as empresas não têm apenas uma orientação, mas várias com diferentes pesos, e a ideia é ir manobrando as marés vivas do mercado e da exigência de resultados. Isto é tudo muito bonito…mas a realidade é que no dia a dia é difícil manter a orientação da empresa, principalmente se as coisas não estão a correr bem. Alguns especialistas dizem que a Apple é uma empresa muito orientada para o Produto, mas também para o Mercado… Por um lado foca-se em criar produtos com os adjectivos que todos os fanáticos gostam de enumerar…mas eu confesso que um deles é produtos mais estilosos e que parecem realmente ser mais caros de produzir…e por outro lado também uma empresa que escuta o mercado, ou pelo menos sabe avaliar muito bem os mercados onde se vai meter…será que o mercado dos AR/VR é muito mais pequeno do que a Apple avaliou? Agora…caros painelistas e cara convidada: Falámos sobre diferentes tipos de orientações das empresas…falámos sobre o Apple Vision Pro…o que será que falhou? Será que para um dispositivo AR/VR funcionar a apple precisa de mudar a sua orientação do negócio para esta categoria? O que vos parece que falhou e o que a apple pode fazer para que este produto deixe de ser uma maçã envenenada no seu portfólio e passe a fazer parte da realidade aumentada de todos nós?

Sobre o Podcast Marketing por Idiotas

O podcast Marketing por Idiotas é um podcast sobre marketing em Portugal. Neste podcast semanal falamos sobre notícias, irritações e inquietações sobre marketing digital e analógico. O podcast é apresentado e moderado pelo Diretor de Marketing da Turim Hotéis, Ricardo Vieira e tem como comentadores com lugar cativo o freelancer Diogo Abrantes da Silva, o formador e consultor Frederico Carvalho e o CEO da pkina.com e funis.pt Miguel Vieira.
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