O CBN Professional é uma parceria com o jornal Valor Econômico. O podcast promove conversas com líderes de grandes empresas e especialistas em negócios para ajudar o desenvolvimento profissional dos ouvintes e reflexões no mundo dos negócios.
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A Google vs. Governo no alerta do sismo e as novas dinâmicas nas redes sociais - e226s01
Manage episode 436835174 series 3325544
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Neste episódio número 226 falamos dos alertas da Google vs. Governo sobre o sismo e as novas dinâmicas nas redes sociais.
Episódio de: [post_published]
Grupo de WhatsApp: https://w.marketingporidiotas.ptFRED
Hoje quero abordar algo um pouco diferente, mas relevante no contexto atual: como a tecnologia, as big techs, e a comunicação de crise comportam-se em situações de emergência, como o sismo que abalou Portugal na passada madrugada de segunda-feira, 26 de Agosto. Contexto: Segunda-feira, 05:11 da manhã, Portugal foi sacudido por um sismo de magnitude 5.3, com epicentro no Atlântico, ao largo de Sines. Foi o abalo mais forte registado desde 1969, e embora não tenha causado grandes danos, levantou questões importantes sobre como a informação é disseminada em momentos críticos. Eu ouvi a conferência de imprensa na RTP logo pela manhã onde Proteção Civil, referiu que, apesar de um pico de chamadas, o sismo não foi suficientemente grave para ativar os planos especiais. Contudo, o que chamou realmente a atenção não foi tanto o sismo em si, mas sim a resposta – ou falta dela – em termos de comunicação, nas redes sociais e sites oficiais. A comunicação não é apenas uma questão de marketing; é também uma questão de segurança pública Algo que ficou evidente é que, enquanto as autoridades ainda estavam a lidar com o aumento de chamadas e a avaliar a situação, a Google já estava a enviar alertas sobre o sismo. A gigante tecnológica foi mais rápida que o próprio governo a avisar os cidadãos. Como é que isso foi possível? A resposta está na tecnologia que todos temos no bolso: os nossos smartphones. O sistema Android Earthquake Alerts, desenvolvido pela Google, utiliza os sensores de movimento dos telemóveis – os acelerómetros – para detectar vibrações que indicam a possibilidade de um sismo. Se vários telemóveis numa área específica detetarem essas vibrações, a Google envia um alerta. Esta tecnologia, baseada em crowdsourcing, permitiu que muitos utilizadores de Android recebessem uma notificação. Os utilizadores de iOS queixaram-se sobre a equidade na distribuição de alertas em situações de emergência. Bom, há uma crítica que foi levantada pelos jornalistas logo na primeira pergunta da conferência de imprensa: porque é que as redes sociais da Proteção Civil e o site oficial ainda não tinham informações atualizadas três horas após o sismo? O áudio não é fantástico, mas estas foram algumas das perguntas dos jornalistas: Em tempos onde a velocidade da informação é crítica, esta falha pode gerar medo e desinformação. Enquanto a Google estava a enviar alertas, o site do IPMA estava em baixo, deixando os cidadãos sem uma fonte oficial de informação confiável. Isto levanta uma questão importante sobre a resiliência dos sistemas de comunicação das instituições do Estado e a capacidade das autoridades de gerirem crises em tempo real. Afinal, estamos numa era onde a rapidez da informação pode salvar vidas ou, pelo contrário, provocar pânico. A primeira reflexão é sobre a agilidade da comunicação em tempos de crise. Numa altura em que a informação circula a uma velocidade vertiginosa, os canais oficiais têm de ser tão ou mais rápidos que as tecnologias privadas. A segunda reflexão é sobre a dependência das big techs para a nossa segurança e a necessidade de criar sistemas robustos e inclusivos, que garantam que todos os cidadãos, independentemente do sistema operativo que usam, sejam avisados em tempo útil. A comunicação não é apenas uma questão de marketing; é também uma questão de segurança pública. Fiquem atentos, pois na próxima semana vamos voltar aos temas mais tradicionais de marketing, mas com uma nova perspetiva sobre a importância da informação." Pergunta 1: Com a Google a fornecer alertas imediatos para sismos, será que estamos a entrar numa era onde a confiança nas big techs ultrapassa a confiança nas autoridades governamentais em termos de comunicação de crises? Pergunta 2: Se o governo só emite alertas a partir de sismos de 6.1 na escala de Richter, mas a Google enviou alertas para um sismo de 5.3, como é que isso afeta a confiança dos cidadãos nas instituições públicas? Será que o critério do governo precisa ser revisto? Nota interna: - a primeira pergunta-se foca-se na comparação de confiança entre big techs e governos. - a segunda questiona os critérios do governo para a emissão de alertas e como isso pode impactar a confiança pública. DIOGO Esta semana venho falar de um artigo que li com o nome Atenção as dinâmicas das redes sociais estão a mudar. E quis partilhar convosco e saber um pouco a vossa opinião. Neste artigo na socialmedia today o Andrew Hutchinson afirma que nos últimos tempos, temos assistido a grandes mudanças no espaço do marketing nas redes sociais, à medida que as plataformas refinam os seus algoritmos e implementam abordagens diferente. Por exemplo, a Meta tem assumido uma posição mais definida contra os conteúdos noticiosos, que durante anos promoveu. No X então as mudanças são quase semanais mas a X teve um grande impacto sobretudo em anúncios de redes sociais para várias empresas que cortaram a sua publicidade na plataforma. Outro exemplo, de acordo com a AdWeek, entre agosto de 2023 e abril de 2024, o tráfego orgânico de referência do Reddit aumentou sete vezes, devido a uma nova parceria com o Google. Este acordo, focado na partilha de dados para ajudar ao desenvolvimento dos modelos de IA Gemini da Google, resultou num aumento dos visitantes mensais do Reddit de 132 milhões para 346 milhões. O reddit com isso conseguiu duplicar no primeiro trimestre o retorno com os seus anunciantes. De igual modo, o LinkedIn está a registar um aumento constante no engagement ou interações, especialmente com as newsletters, que têm proporcionado um maior envolvimento direto tanto para criadores de conteúdo como para publishers. Portanto, há claramente várias alterações a acontecer neste ano de 2024. Segundo o artigo, estas mudanças representam uma oportunidade significativa para as marcas explorarem novas plataformas e abordagens de marketing. O aumento do tráfego e do engagement em plataformas como Reddit e LinkedIn mostra que existe potencial para alcançar diferentes audiências e obter resultados eficazes. E nós sabemos que é uma boa ideia não meter os ovos todos no mesmo cesto. A minha questão agora é, será que há mais que nos marketers podemos fazer para aproveitar estas mudanças ou será que fazer publicidade em diferentes redes, é suficiente? Marketers Take Note: Attention on Social Is Shifting | Social Media Today https://www.adweek.com/media/reddit-search-visibility-publishers/ https://www.socialmediatoday.com/news/linkedin-reports-higher-revenue-and-record-levels-of-engagement/723000/ https://www.socialmediatoday.com/news/xs-updated-link-preview-format-removes-headlines-descriptions/695681/Sobre o Podcast Marketing por Idiotas
O podcast Marketing por Idiotas é um podcast sobre marketing em Portugal. Neste podcast semanal falamos sobre notícias, irritações e inquietações sobre marketing digital e analógico. O podcast é apresentado e moderado pelo Diretor de Marketing da Turim Hotéis, Ricardo Vieira e tem como comentadores com lugar cativo o freelancer Diogo Abrantes da Silva, o formador e consultor Frederico Carvalho e o CEO da pkina.com e funis.pt Miguel Vieira.244 つのエピソード
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Hoje quero abordar algo um pouco diferente, mas relevante no contexto atual: como a tecnologia, as big techs, e a comunicação de crise comportam-se em situações de emergência, como o sismo que abalou Portugal na passada madrugada de segunda-feira, 26 de Agosto. Contexto: Segunda-feira, 05:11 da manhã, Portugal foi sacudido por um sismo de magnitude 5.3, com epicentro no Atlântico, ao largo de Sines. Foi o abalo mais forte registado desde 1969, e embora não tenha causado grandes danos, levantou questões importantes sobre como a informação é disseminada em momentos críticos. Eu ouvi a conferência de imprensa na RTP logo pela manhã onde Proteção Civil, referiu que, apesar de um pico de chamadas, o sismo não foi suficientemente grave para ativar os planos especiais. Contudo, o que chamou realmente a atenção não foi tanto o sismo em si, mas sim a resposta – ou falta dela – em termos de comunicação, nas redes sociais e sites oficiais. A comunicação não é apenas uma questão de marketing; é também uma questão de segurança pública Algo que ficou evidente é que, enquanto as autoridades ainda estavam a lidar com o aumento de chamadas e a avaliar a situação, a Google já estava a enviar alertas sobre o sismo. A gigante tecnológica foi mais rápida que o próprio governo a avisar os cidadãos. Como é que isso foi possível? A resposta está na tecnologia que todos temos no bolso: os nossos smartphones. O sistema Android Earthquake Alerts, desenvolvido pela Google, utiliza os sensores de movimento dos telemóveis – os acelerómetros – para detectar vibrações que indicam a possibilidade de um sismo. Se vários telemóveis numa área específica detetarem essas vibrações, a Google envia um alerta. Esta tecnologia, baseada em crowdsourcing, permitiu que muitos utilizadores de Android recebessem uma notificação. Os utilizadores de iOS queixaram-se sobre a equidade na distribuição de alertas em situações de emergência. Bom, há uma crítica que foi levantada pelos jornalistas logo na primeira pergunta da conferência de imprensa: porque é que as redes sociais da Proteção Civil e o site oficial ainda não tinham informações atualizadas três horas após o sismo? O áudio não é fantástico, mas estas foram algumas das perguntas dos jornalistas: Em tempos onde a velocidade da informação é crítica, esta falha pode gerar medo e desinformação. Enquanto a Google estava a enviar alertas, o site do IPMA estava em baixo, deixando os cidadãos sem uma fonte oficial de informação confiável. Isto levanta uma questão importante sobre a resiliência dos sistemas de comunicação das instituições do Estado e a capacidade das autoridades de gerirem crises em tempo real. Afinal, estamos numa era onde a rapidez da informação pode salvar vidas ou, pelo contrário, provocar pânico. A primeira reflexão é sobre a agilidade da comunicação em tempos de crise. Numa altura em que a informação circula a uma velocidade vertiginosa, os canais oficiais têm de ser tão ou mais rápidos que as tecnologias privadas. A segunda reflexão é sobre a dependência das big techs para a nossa segurança e a necessidade de criar sistemas robustos e inclusivos, que garantam que todos os cidadãos, independentemente do sistema operativo que usam, sejam avisados em tempo útil. A comunicação não é apenas uma questão de marketing; é também uma questão de segurança pública. Fiquem atentos, pois na próxima semana vamos voltar aos temas mais tradicionais de marketing, mas com uma nova perspetiva sobre a importância da informação." Pergunta 1: Com a Google a fornecer alertas imediatos para sismos, será que estamos a entrar numa era onde a confiança nas big techs ultrapassa a confiança nas autoridades governamentais em termos de comunicação de crises? Pergunta 2: Se o governo só emite alertas a partir de sismos de 6.1 na escala de Richter, mas a Google enviou alertas para um sismo de 5.3, como é que isso afeta a confiança dos cidadãos nas instituições públicas? Será que o critério do governo precisa ser revisto? Nota interna: - a primeira pergunta-se foca-se na comparação de confiança entre big techs e governos. - a segunda questiona os critérios do governo para a emissão de alertas e como isso pode impactar a confiança pública. DIOGO Esta semana venho falar de um artigo que li com o nome Atenção as dinâmicas das redes sociais estão a mudar. E quis partilhar convosco e saber um pouco a vossa opinião. Neste artigo na socialmedia today o Andrew Hutchinson afirma que nos últimos tempos, temos assistido a grandes mudanças no espaço do marketing nas redes sociais, à medida que as plataformas refinam os seus algoritmos e implementam abordagens diferente. Por exemplo, a Meta tem assumido uma posição mais definida contra os conteúdos noticiosos, que durante anos promoveu. No X então as mudanças são quase semanais mas a X teve um grande impacto sobretudo em anúncios de redes sociais para várias empresas que cortaram a sua publicidade na plataforma. Outro exemplo, de acordo com a AdWeek, entre agosto de 2023 e abril de 2024, o tráfego orgânico de referência do Reddit aumentou sete vezes, devido a uma nova parceria com o Google. Este acordo, focado na partilha de dados para ajudar ao desenvolvimento dos modelos de IA Gemini da Google, resultou num aumento dos visitantes mensais do Reddit de 132 milhões para 346 milhões. O reddit com isso conseguiu duplicar no primeiro trimestre o retorno com os seus anunciantes. De igual modo, o LinkedIn está a registar um aumento constante no engagement ou interações, especialmente com as newsletters, que têm proporcionado um maior envolvimento direto tanto para criadores de conteúdo como para publishers. Portanto, há claramente várias alterações a acontecer neste ano de 2024. Segundo o artigo, estas mudanças representam uma oportunidade significativa para as marcas explorarem novas plataformas e abordagens de marketing. O aumento do tráfego e do engagement em plataformas como Reddit e LinkedIn mostra que existe potencial para alcançar diferentes audiências e obter resultados eficazes. E nós sabemos que é uma boa ideia não meter os ovos todos no mesmo cesto. A minha questão agora é, será que há mais que nos marketers podemos fazer para aproveitar estas mudanças ou será que fazer publicidade em diferentes redes, é suficiente? 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O podcast Marketing por Idiotas é um podcast sobre marketing em Portugal. Neste podcast semanal falamos sobre notícias, irritações e inquietações sobre marketing digital e analógico. O podcast é apresentado e moderado pelo Diretor de Marketing da Turim Hotéis, Ricardo Vieira e tem como comentadores com lugar cativo o freelancer Diogo Abrantes da Silva, o formador e consultor Frederico Carvalho e o CEO da pkina.com e funis.pt Miguel Vieira.244 つのエピソード
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