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Milei, Massa ou Bullrich? O primeiro turno da eleição na Argentina
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Milhões de eleitores na Argentina vão às urnas no domingo escolher governadores, parlamentares e, na disputa que é a mais esperada, os dois candidatos que disputarão o segundo turno para a Presidência — ou então definir quem comandará o país pelos próximos quatro anos. A maior parte das pesquisas dá vantagem ao candidato da extrema direita, Javier Milei, que venceu em agosto as Primárias Abertas Simultâneas Obrigatórias (Paso), e que fala abertamente em se eleger no primeiro turno. Autointulado um candidato "de fora da política" (apesar de ser deputado desde 2021), Milei tem angariado apoio de boa parte dos argentinos ao apostar em um discurso de quebra com a classe política tradicional e de fazer promessas para a economia argentina, hoje em situação difícil. Sua maior bandeira de campanha é a dolarização da moeda argentina, uma medida polêmica e que é questionada por muitos economistas, incluindo os da oposição tradicional. Por outro lado, algumas ideias, como sobre o fim do Banco Central e a privatização do ensino, além de falas consideradas desrespeitosas com as vítimas da ditadura e até com a Igreja Católica desagradaram setores da sociedade argentina. Hoje o principal adversário de Milei é Sergio Massa, o atual ministro da Economia, que ao longo da campanha tentou passar a ideia de que o pior da crise ficou para trás, além de se desvencilhar, sempre que possível, do presidente Alberto Fernández, hoje uma das figuras mais detestadas da Argentina. Na reta final da campanha, ele fez promessas de todo o tipo, incluindo sobre o fim da torcida única nos estádios de futebol, e apostou em ações para denunciar uma suposta alta de preços em serviços públicos, como os transportes, caso seja derrrotado. Correndo por fora está Patricia Bullrich, aliada do ex-presidente Mauricio Macri, que chegou a mostrar força nas primárias de agosto, mas que, agora, aparece em terceiro nas pesquisas. Há dúvidas sobre qual caminho tomará caso não chegue ao segundo turno, mas alguns de seus companheiros de chapa, incluindo o próprio Macri, defendem o voto em Milei. A eleição também é acompanhada de perto pelo Brasil. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a possível vitória do candidato de extrema direita é preocupante por suas falas recentes contra Lula — ele chegou a chamar o presidente brasileiro de "comunista raivoso" —, contra o Mercosul e contra alguns parceiros comerciais históricos da Argentina, como a China. Porém, Haddad afirma que "não se transpõe para as relações internacionais as questões internas", afirmando que o presidente Lula mantém relações amigáveis com chefes de Estado de várias vertentes políticas. No Ao Ponto desta sexta-feira, a repórter especial do GLOBO, Janaína Figueiredo, fala sobre a expectativa para a votação de domingo, o que dizem as últimas pesquisas e o que esperar do dia seguinte ao primeiro turno — segundo analistas, há o risco de uma nova disparada do dólar já na segunda-feira, repetindo o visto nas primárias de agosto.
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Milhões de eleitores na Argentina vão às urnas no domingo escolher governadores, parlamentares e, na disputa que é a mais esperada, os dois candidatos que disputarão o segundo turno para a Presidência — ou então definir quem comandará o país pelos próximos quatro anos. A maior parte das pesquisas dá vantagem ao candidato da extrema direita, Javier Milei, que venceu em agosto as Primárias Abertas Simultâneas Obrigatórias (Paso), e que fala abertamente em se eleger no primeiro turno. Autointulado um candidato "de fora da política" (apesar de ser deputado desde 2021), Milei tem angariado apoio de boa parte dos argentinos ao apostar em um discurso de quebra com a classe política tradicional e de fazer promessas para a economia argentina, hoje em situação difícil. Sua maior bandeira de campanha é a dolarização da moeda argentina, uma medida polêmica e que é questionada por muitos economistas, incluindo os da oposição tradicional. Por outro lado, algumas ideias, como sobre o fim do Banco Central e a privatização do ensino, além de falas consideradas desrespeitosas com as vítimas da ditadura e até com a Igreja Católica desagradaram setores da sociedade argentina. Hoje o principal adversário de Milei é Sergio Massa, o atual ministro da Economia, que ao longo da campanha tentou passar a ideia de que o pior da crise ficou para trás, além de se desvencilhar, sempre que possível, do presidente Alberto Fernández, hoje uma das figuras mais detestadas da Argentina. Na reta final da campanha, ele fez promessas de todo o tipo, incluindo sobre o fim da torcida única nos estádios de futebol, e apostou em ações para denunciar uma suposta alta de preços em serviços públicos, como os transportes, caso seja derrrotado. Correndo por fora está Patricia Bullrich, aliada do ex-presidente Mauricio Macri, que chegou a mostrar força nas primárias de agosto, mas que, agora, aparece em terceiro nas pesquisas. Há dúvidas sobre qual caminho tomará caso não chegue ao segundo turno, mas alguns de seus companheiros de chapa, incluindo o próprio Macri, defendem o voto em Milei. A eleição também é acompanhada de perto pelo Brasil. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a possível vitória do candidato de extrema direita é preocupante por suas falas recentes contra Lula — ele chegou a chamar o presidente brasileiro de "comunista raivoso" —, contra o Mercosul e contra alguns parceiros comerciais históricos da Argentina, como a China. Porém, Haddad afirma que "não se transpõe para as relações internacionais as questões internas", afirmando que o presidente Lula mantém relações amigáveis com chefes de Estado de várias vertentes políticas. No Ao Ponto desta sexta-feira, a repórter especial do GLOBO, Janaína Figueiredo, fala sobre a expectativa para a votação de domingo, o que dizem as últimas pesquisas e o que esperar do dia seguinte ao primeiro turno — segundo analistas, há o risco de uma nova disparada do dólar já na segunda-feira, repetindo o visto nas primárias de agosto.
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